Alunos da comunidade em frente à Capela - (Magistério). |
A comunidade tradicional de Boa
União remonta a história oitocentista brasileira do final do século XIX na
Região do Baixo Parnaíba Maranhense. Seus moradores mais antigos contam com
convicção os fatos de como foi formado o primeiro povoamento com os engenhos de
cana-de-açúcar para a fabricação de cachaça e rapadura. Hoje Boa União guarda
um tesouro histórico de vestígios da famosa Insurreição dos Balaios – Guerra da
Balaiada 1838-1842 e do processo socioeconômico local.
Um canhão debaixo das mangueiras
é a prova viva de um ato que por ventura tenha sido planejado para sufocar o
movimento rebelde, uma vez que o comandante guerreiro Negro Cosme andava
recrutando escravos naquelas redondezas, pois o mesmo já tinha invadido a
Fazenda Catingueira entre as cidades de Tutóia e Barreirinhas – num lugar
chamado Priá.
Canhão de pelouro - (arma antiga do período da Balaiada). |
As antigas peças do engenho, tachos de cobre, alicerces de muralhas e trincheiras do período são encontrados no local do pátio da fazenda, com mangueiras centenárias e pés de angelim. O povoado foi desenvolvido nas margens do Rio Preguiças pela atração das terras férteis e abundância de água e capinzais para os trabalhos feitos na época. Ainda pode-se ver o famoso sino da capela centenária, este que por sua vez tenha sido vindo da Europa juntamente com vasos e outros utensílios domésticos pertencentes aos proprietários da casa-grande.
Pátio da fazenda - (largo da Capela Nossa Srª da Soledade).. |
A história de Boa União é
importante para entendermos os conflitos e as relações sociais no interior do
leste maranhense no final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, um
capítulo importantíssimo da história do Brasil.
José Antonio Basto
e-mail:bastosandero65@gmail.com
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