quarta-feira, 29 de julho de 2015

Os bacurizeiros da chapada do meio


Era manhã cedo quando eu adentrava por aqueles velhos caminhos com meu alforje de lado e um frito em direção a comunidade Riacho Seco, nos extremos limites dos Povoados Guarimã e Cocalinho. Atravessava-se grotiões, tabocais e avalanches. Avistava-se ao sair da chapada do outro lado dos carrascos os bacurizeiros mesmo sem frutos, mas com suas flores e belezas naturais como obra do criador, aquelas arvores já quase em extinção em sua totalidade na chapada do meio. Os bacurizeiros ali dividem seu espaço natural com a ótica dos campos devastados por gaúchos. Aquela chapada que antes era um verdadeiro pomar natural com espécies diversificadas tais como: mangaba, puçá, pitomba-de-leite, murici vermelho e muitas outras, elas morreram; pássaros que ajudavam na distribuição das sementes já também não se ouve seus cânticos e batido das asas; animais silvestres como paca, veado, peba, tatu que ajudavam no equilíbrio da natureza já não se ver nem suas batidas; tudo isso causado pelo impacto ambiental e devastação descontrolada. Mas os bacurizeiros lá resistem tudo isso, mesmo sabendo que um dia poderão expirar no sopro profundo da inexistência. Eu descia daquela chapada rumo aos cocais pela grota da bicuiba trilhando as capoeiras das nossas antigas roças de mandioca. As veredas fechadas com cipós e macambiras, o riacho da bicuíba que alimenta os bacuris da chapada ainda resta em seu grau de pureza em meio à impureza da intolerância humana, pois sua nascente felizmente por pouco não foi atingida diretamente pela destruição. Descia pisando n`água levemente para não espantar as piabas, até que sai no caminho e nas casas do Povoado Pequi. Ficara então na lembrança a luta dos bacurizeiros da chapada do meio que enfrentam desafios para sobreviverem -, vivem na resistência assim como quase todos os bacurizeiros das belas chapadas do baixo parnaíba maranhense. Os bacuris são frutos especiais para nossa alimentação e sustentação da saúde: o bacuri é rico em várias vitaminas, possui alguns nutrientes em ​​quantidades notáveis de fósforo, potássio, ferro, cálcio e vitamina C, e é sobretudo consumido cru ou em forma de suco. Sua casca também é aproveitada na culinária regional e o óleo extraído de suas sementes é usado como anti-inflamatório e cicatrizante na medicina popular e na indústria de cosméticos. Precisamos preservar os bacurizeiros de todas nossas chapadas, pois se você não sabia o bacuri também traz muitos benefícios para nossa saúde: é considerado um remédio eficaz para picadas de aranha, é também utilizado no tratamento de problemas de pele e dor de ouvido, a manteiga de bacuri também é conhecida e ajuda na remoção de manchas na pele e renova o tecido de cicatrizes, o óleo de amêndoas do bacuri é utilizado para o tratamento de eczema, é considerado um remédio natural contra reumatismos, além disso o bacuri também é usado medicinalmente no tratamento de artrites. Esses são alguns dos tantos outros itens que o bacuri nos oferece. Infelizmente muitas pessoas não respeitam esses valores, destruindo os bacurizais, o bioma das chapadas, a biodiversidade... a vida. Precisa-se de ações e consciência ecológica! “Um outro mundo é possível”.

José Antonio Basto
Militante dos Direitos Humanos
email: bastosandero65@gmail.com

 

 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

O poder discriminatório do agronegócio nas terras rurais do Baixo Parnaíba Maranhense


lavradores torrando farinha - comunidade Baixa Grande  = Urbano Santos /
imagem: J. A. Basto
A região de 21 municípios do Baixo Parnaíba – na mesorregião leste do nosso estado, grande parte das áreas em sua maioria chapadas é um espaço de disputas fundiárias no que se diz respeito à questão “terra”. O território de descendência cultural das comunidades tradicionais: quilombolas, ribeirinhos, brejeiros e chapadeiros... vem sofrendo um impacto ecológico e social causado diretamente pelo agronegócio do eucalipto e soja. O capitalismo selvagem e devastador puxado e financiado pelo setor agroexportador e apoio dos latifundiários é na verdade o grande responsável e vilão por essas mudanças socioculturais e a “discriminação” das comunidades rurais.
Intolerante além da conta, o agronegócio avança sobre as chapadas do Baixo Parnaíba, muitos assentamentos e áreas que estão em processo de titulações e regularizações para fins de Reforma Agrária são vítimas do veneno diabólico das imensas plantações de eucalipto e soja.
plantio de eucalipto - comunidade Santana = Urbano Santos /
imagem: Fórum Carajás 
Viajando para o município de Santa Quitéria saindo de Urbano Santos passa-se por alguns povoados como Mangabeirinha, Lagoa dos Costa e Bom Fim; naqueles caminhos o calafrio bate n`alma atravessando léguas e léguas de eucalipais. É triste ver as lamentações dos pouquíssimos pés de bacuris e pequis dentro dos campos dos monstros verdes e os disfarces enganosos das miúdas reservas deixadas pelo “EIA RIMA” que nunca funcionou.
plantio de soja no Baixo Parnaíba /
imagem: Fórum Carajás
No fio de comparação é simples entender a realidade, basta respostas para as seguintes perguntas como: Qual é a diferença entre uma comunidade tradicional e a ganancia extrapolada das empresas plantadoras de eucaliptos que usam do poder e da violência para a expropriação das terras?  Entre um bacurizal e um campo de eucalipto ou soja quem tem mais utilidade para o equilíbrio da vida e da biodiversidade? As populações se alimentam de produtos vindos da agricultura familiar ou dos sistemas monocultivistas destruidores dos ecossistemas? Fica mais que óbvio as respostas para tais perguntas. Os muitos problemas agrários e conflitos ainda não foram resolvidos, eles se arrastam e são frutos dos desacatos aos direitos humanos e da vida. Cemitérios são cercados por arames, os camponeses tem que pedir licença para enterrar seus mortos dentro de suas áreas sagradas é constante os casos de 
família camponesa vítima de despejo - Pov. Prata = Urbano Santos /
imagem: J. A. Basto
despejos e ameaças de trabalhadores: a justiça está de qual lado? Os tratores e correntões operam todos os dias cortando árvores do baixo ao auto, assustando e botando pânico nos animais silvestres e nos homens e mulheres defensores e defensoras das chapadas como é o caso do recém-assentamento Bracinho que infelizmente apesar de já ser reconhecido pelo ITERMA, enfrenta pelejas acirradas com a empresa nos arredores dos seus picos e fronteiras demarcadas. Os trabalhadores rurais herdaram dos seus avós e bisavós as áreas de chapadas, matas e brejais, pois desde tempos bem remotos que estas populações tradicionais conseguiram dominar as práticas no extrativismo, pesca e agricultura, conhecem os capões de mato, os buritizeiros, as mangabeiras, puçazeiras e terrenos bons para a casa de subsistência, que não é predatória. Pode-se imaginar que essas terras não tinham fronteiras geográficas como as modernas de hoje em dia, mas possivelmente já existia naquele tempo o chamado respeito. Esses respeito que não se ver mais nesses nossos dias; enxerga-se apenas a ganancia, a globalização e desacatos a cada momento.
roça de arroz - Pov. Prata = Urbano Santos /
imagem: J. A. Basto
As técnicas e saberes culturais das comunidades tradicionais devem ser mais valorizadas, a palavra é essa “valorização”, os produtos da roça são os que sustentam as mesas dos brasileiros, mas infelizmente os recursos destinados aos homens e mulheres do campo são resumidíssimos e quando chegam a valer. Já os grandes planos para a monocultura, estes tem um olhar especial dos governos.
Dona Madalena pelando peixe - Urbano Santos /
imagem: J. A. Basto
A realidade hedionda de maltrato em relação aos camponeses e camponesas só pode ser combatido com um grito alarmante dos movimentos sociais do campo, em Brasília com a Marcha das Margaridas, Grito da Terra Brasil, Grito da Terra Maranhão, espaços e seminários, congressos de trabalhadores e encontros de comunidades rurais, lutas das dioceses e paróquias, centros de defesa da vida, CPT, STTRs e acima de tudo a militância por concretizações de direitos sociais vinte e quatro horas lideradas pelos próprios membros das comunidades junto aos órgãos competentes. O Território Livre do Baixo Parnaíba foi criado e desenvolvido há milhares de anos atrás. Quem dele vive, viveu e sobreviveu com certeza sonhou e sonha que seus filhos e filhas viveriam e sobreviveriam como pessoas dignas de respeito e direitos.

José Antonio Basto
Urbano Santos-MA, 20 de Julho de 2015
Militante em Defesa dos Direitos Humanos e da Vida
(98) 98890-4162

terça-feira, 14 de julho de 2015

A chapada ali e acolá no Bracinho





Chapada de Urbano Santos // imagem: Fórum Carajás
Avistava-se ela ali e acolá com seus bacurizeiros e pequizeiros tortos e resistentes ao sol escaldante; a caminhonete roncava rasgando as trilhas quase que fechadas pelas comunidades Bom Fim e Bebedouro. Infelizmente naquelas veredas a ótica batia também sobre a desgraça da monocultura com seus monstros verdes (eucaliptos) que nada trazem de bom para os camponeses. Aquele pedaço do Baixo Parnaíba relembrara a grande luta pela posse da terra que a gente do Bracinho travara contra a Suzano desde o início da questão. A peleja começava ainda em 2006 quando o Irmão Francisco e seus companheiros rondavam fiscalizando os variantes da chapada que desce até o brejal. Criava-se então ali a “Associação Comunitária Gabriel Alves de Araújo” para o fortalecimento e resistência. Os representantes da Suzano vendo o avanço e a força dos trabalhadores ainda tentaram enganá-los com 400... 600 hectares, nada de acordo feito. Em 2011 o conflito foi ao extremo, os camponeses de um lado e os capangas da empresa do outro, não houve negociações, pois os lavradores sabiam de seus méritos garantidos que as terras devolutas do estado na região do Bracinho eram suas por direitos de posse ancestral, já viviam dela há décadas e décadas. Foi, portanto formalizado em nome da associação um pedido de vistoria pelo ITERMA – a fim de resolver o problema. Quando os técnicos fizeram o trabalho de vistoria descobriu-se através do laudo que aquelas grandes faixas de terras que a Suzano pretendera tomar para si, principalmente as chapadas visadas para as plantações de eucaliptos, foram na verdade demarcadas e tituladas para fins de Reforma Agrária, a associação por fim recebeu em 2014 o tão esperado título de 3.390 hectares de terras, sendo este um dos maiores projetos de assentamentos do estado na região do Baixo Parnaíba, as mais de quarenta famílias tem agora um lugar sossegado para morar e trabalhar com seus futuros projetos e no tempo colher bacuris a vontade na chapada. A penúltima vez que estive no Bracinho foi com o pessoal do Fórum Carajás para celebrar com um almoço maravilhoso a vitória e o triunfo do título da terra. Ontem retornei mais uma vez desbravando todas aquelas belas chapadas floridas e limpas para mais uma reunião com os trabalhadores e trabalhadoras rurais. Durante a reunião eles relembraram os momentos difíceis que enfrentaram, até lágrimas caíram das faces das senhoras mais idosas que estiveram na linha de frente tentando barrar os tratores da empresa naquela época. Humildes de coração, não deixaram de acentuar com ênfase o grande apoio que os órgãos de defesa dos direitos humanos deram naquela peleja, como a Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos e o já citado Fórum Carajás - as reuniões debaixo do velho pé de mangueira onde se tratava dos assuntos da terra. Essa viagem de ontem, 12/07/2015 – foi bastante proveitosa, o almoço capão caipira, como sempre transferiu o sabor incomparável da culinária tradicional das comunidades, sabores de frutos das chapadas e da biodiversidade. Após o fim da reunião voltei pelos rastros em direção à comunidade Formiga pelo outro lado do Bebedouro. Os caminhos eram rudimentares até adentrar novamente pelas chapadas a fora, naqueles lugares onde o problema do agronegócio é tremendo, as chapadas e as populações vivem na resistência de suas vidas, os seres que habitam o espaço já não mais podem se esconder. Essa foi mais uma experiência dos trabalhos de militância em defesa dos direitos humanos e da vida. O quadro natural das chapadas no Baixo Parnaíba se formou há milhares de anos atrás com o poder divino e a força da natureza, hoje em dia vive ameaçado pela intolerância do setor capitalista que só pensa em lucros não respeitando o meio ambiente, a soberania e os direitos culturais e sociais das comunidades tradicionais.

José Antonio Basto
     13/07/2015
(98) 98890-4162

segunda-feira, 6 de julho de 2015

POVOADO SÃO RAIMUNDO: UM ESPELHO DE LUTAS PELOS DIREITOS HUMANOS


O dia pairava como uma túnica bege, a data era 04/07/2015. Aquela manhã nublada estava bonita de se ver, os ventos do leste já anunciavam as chuvas da tarde, mas mesmo assim a ideia seguiu avante de enfrentarmos mais de 42km de chão até o destino planejado. A viagem não foi muito confortável em cima da carroceria da caminhonete, pois o sol batia forte na pele, atravessavam-se lugarejos e assentamentos – lagoas e pontes rudimentares. Por fim cruzamos as colinas da Estiva da Mangabeira - já podia se avistar as mangueiras da Boa União ao lado do São Raimundo. E então após 12km, por fim adentramos na comunidade que fica na encosta do morro entre o brejal e a chapada. As crianças acenavam mostrando a humildade daquela gente, os olhos esperançosos de futuros guerreiros de combate pela preservação do meio ambiente e pela Reforma Agrária, meninos e meninas das chapadas que sabem manejar o extrativismo do bacuri.

A Francisca tinha marcado aquela reunião com antecedência por intermédio do STTR para explicação e tira-dúvidas do processo de recadastramento sindical dos moradores da comunidade. Não demorou muito para a população se reunir na sede da escola. Antes de começar, tomamos café com farinha d` água e peixe assado –, peixinhos do Rio Preguiças que passa no São Raimundo. Os peixes e camarões que serve também como fonte de sobrevivência da comunidade ainda são encontrados com fartura nessa época do ano, motivo esse comprovado pelo grau de consciência ecológica da comunidade na preservação dos igarapés, junqueiras e buritizeiros. As mulheres, muitas delas com seus bebes de colo, outras grávidas com seus barrigões, atentas nas palavras da Noemia – atual presidente do STTR, que falava do recadastramento (acordo firmado entre a CONTAG e o Governo Federal e também o apoio da causa na luta pela terra em processo de titulação). Quando me passaram a palavra fiz questão de acrescentar um pouco respeito do processo de recadastramento, mas não podia esquecer de relembrar em voz alta a BATALHA DO POVOADO SÃO RAIMUNDO NO QUE SE DIZ RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS. Uma comunidade modelo que tomou consciência de lutar pela posse da terra, de proteger a chapada e toda biodiversidade, sendo este o espaço cultural de onde produz seus alimentos. A associação travou e continua travando diversas lutas contra os latifundiários e a Suzano, em quase todas as instancias os camponeses e camponesas tem vencido com o apoio dos companheiros e alguns órgãos de defesa que abraçaram esta causa nobre. Outras comunidades do Baixo Parnaíba Maranhense se espelham na garra que o São Raimundo tem de pensar diferente, em defender seus direitos sociais e sobretudo a vida. As chapadas do São Raimundo, Bom Princípio e Bracinho são as mais belas da região.

A reunião não durou muito tempo, mas o recado foi passado. Ficou na lembrança aquela atividade importante e as palavras de conforto e de incentivo para a luta em defesa dos direitos. Já era quase meio dia e tínhamos que fazer mais três reuniões, duas na Boa União e outra na Santa Filomena. Poderíamos ter almoçado no São Raimundo, nos avisaram que seria galinha caipira com arroz novo que a Francisca preparara, infelizmente não deu certo para almoçarmos lá. Voltamos para outros compromissos com saudade daquele povo, cortando velhos caminhos de pedras e barrocas com uma vista exuberante dos baixões e a mata que caia no horizonte sobre o canto dos pássaros jandaias.

José Antonio Basto
(98)98890-4162

 

 

 

quinta-feira, 2 de julho de 2015

RIO MOCAMBO DE LUTAS GLORIOSAS!


Rio Mocambo // Bairro Bandeira - Urbano Santos-MA
O Rio Mocambo foi palco dos últimos combates da famosa Insurreição dos Balaios, Guerra da Balaiada (1838-1842). Segundo a história alguns insurretos fugindo das regiões das mangas sob a liderança do vaqueiro Raimundo Gomes um dos mais importantes chefes do movimento,  procuraram então refúgios seguros nas margens desse rio que recebera o nome de mocambo por razões das várias trincheiras encontradas em suas imediações, como por exemplo as das comunidades: Mocambinho, Porto Velho, Escuta e São José. Após o fim dos combates nasceu a Vila de Ponte Nova se auto-desenvolvendo por intermédio do comércio e do tráfego de mercadorias em mulas para as regiões praieiras. O Mocambo foi importante nesse processo econômico, pois naquela época era um rio por onde navegavam muitas embarcações transportando gêneros da agricultura urbano-santense como (farinha, arroz, milho, tapioca, rapadura, tiquira e cachaça), saindo da sede da cidade, passando pelo Rio Preto, caindo no Rio Munim e seguindo para Cachoeira Grande dando acesso até mesmo a capital São Luís. “Mocambo” é uma palavra de origem africana e significa “aldeamento ou esconderijo secreto – o mesmo que “Quilombo” –, lugares estes onde os refugiados se “amocambavam”. O Rio mocambo é um afluente do Rio Munim, a partir de sua cabeceira ele desce cortando os povoados: Estiva da Josefa, Bráz, Rumo, Vertente de Baixo, Siricora, Lázaro, Salomão e continua pela sede da cidade... bairro da Graça passando pelo Bairro Fazenda, seguindo em frente correndo por outros povoados: Porto Velho I e II, Escuta, Pequi, Olho D`água, São José e por fim desemboca no Rio Preto na comunidade Sapucaia. Hoje em dia nosso importante rio vem sofrendo com a poluição causada por grandes quantidades de lixo jogados em seu leito pela população. O Rio Mocambo inspirou o autor do nosso Hino Municipal, o Pe. José Antonio de Magalhães Monteiro, no trecho que diz “Rio Mocambo de lutas gloriosas/ Em que heróis desejaram a liberdade [...] / Tuas façanhas são vividas
no ideal da mocidade
”.” Já foi tema também de telas (pinturas) e poemas de filhos da terra. O Rio Mocambo é responsável em grande parte pela economia de nossa população. As novas gerações precisam conscientizar-se que o Rio Mocambo é fundamental para a sobrevivência de nossa gente no abastecimento de água e sobretudo nos antecedentes que ajudam a compor uma página importante da história do Maranhão.
 
Imagem e texto: José Antonio Basto