segunda-feira, 26 de outubro de 2015

AQUECIMENTO GLOBAL, FALTA DE ÁGUA E DEVASTAÇÃO DO CERRADO: o dito pelo não dito a respeito do eucalipto em Urbano Santos, Baixo Parnaíba Maranhense.


       Algumas pessoas em nossos dias atuais principalmente os alunos já estão cansados de ouvir baboseiras e blábláblá a respeito de histórias que aprendemos naquelas aulas de ciências e geografia nos velhos bancos escolares do fundamental: como a formação do planeta terra, as eras Glacial e do Gelo entre outros assuntos. Quando tratamos a respeito de relações climáticas, acho que deveremos ir direto ao ponto, olhar primeiramente para nossa triste realidade ao nosso redor e ter, sobretudo a consciência de quem vem causando isso.

       Em Urbano Santos, Região do Baixo Parnaíba o impacto nos povoados é representado pelos campos de eucaliptos da Empresa Suzano Papel e Celulose; se levarmos ao pé da letra entendemos que existem pessoas realmente nas comunidades que contribui com esses danos nas roçagens das beiras do rios e riachos, lagoas e brejos e encostas de morros, que não pode, áreas intocáveis proibidas por lei. As lavouras dos camponesas e plantios perto dos rios talvez não seja tão prejudicial assim como os engenheiros da Suzano dizem, tirando sua imagem culpada de frente. Mas fiquemos sabedores e temos o pleno entendimento que o grande e maior mal em nosso município no que se refere ao aumento do calor, mudanças climáticas e danos nas cabeceiras dos rios além de outras coisas são os plantios de eucaliptos nas chapadas de nossa região. As cabeceiras dos rios foram dilaceradas por essas plantas, além do veneno jogado que escoa para áreas adjacências. Se falemos em aquecimento global, temos que falar do agronegócio, temos que tocar na destruição das chapadas que estão sendo transformadas em carvão para enriquecer cada vez mais os grupos empresariais. Falar de meio ambiente em nosso município e não falar no finado rio Boa Hora onde sua cabeceira está totalmente limpa, sem nenhuma árvore, sem nenhum olho d`água... infelizmente é inaceitável. É inadmissível não falar do desaparecimento do riacho Chibé da Comunidade Juçaral, no desaparecimento também do rio Guaribas... entre tantos outros fatos de desacato aos direitos humanos e da vida: isso é falta de conhecimento ou é “o dito pelo não dito?”  Muitas dessas fontes estão em pesquisas de alunos universitários sobre a bacia do rio Boa Hora e em trabalhos antropológicos de professores e pesquisadores da UEMA e da UFMA. A ciência mostra através dos depoimentos de trabalhadores rurais – sendo estes as principais vitimas das várias consequências a respeito da destruição e desaparecimento da biodiversidade pelo eucalipto.  Segundo alguns desses trabalhos de pesquisas da universidade a respeito da chegada do eucalipto em nossa região; as plantações dos monstros verdes na década de 80 já marcavam o inicio de um feroz impacto selvagem no futuro... os problemas fundiários na região e a transformação do modo de vida de nossas comunidades tradicionais é uma página que vem sendo escrita desde tempos remotos e que parece não ter fim. As primeiras experiências de eucaliptos implantadas no viveiro da Fazenda Santo Amaro, estratégia essa pela fartura de água no rio Mocambo bem pertinho do viveiro, causou a desconfiança dos membros da CEB local, uma cultura diferenciada das de nossas espécies e dos produtos da agricultura familiar, a preocupação dos trabalhadores rurais daquele tempo foi vencida pela força de expansão da Florestal LTDA que alargou suas fronteiras agrícolas. Hoje infelizmente Urbano Santos tem 174 mil hectares de eucaliptos plantado em terras de propriedade da Suzano, mas vale ressaltar que parte dessas terras ainda se encontram em conflitos fundiários envolvendo várias famílias camponesas -, associações de moradores dos povoados que deram entradas em processos de desapropriação e arrecadação sumária no INCRA e no ITERMA -, processos caducos que estão sem respostas.

      O que fazer com tal história? Afirmamos mais uma vez com todas as letras que a monocultura do eucalipto é a maior desgraça em nossas terras, destrói, maltrata, gera violência e até trabalho escravo... usa dos bens próprios e naturais da terra para o seu enriquecimento e não sobrando nada para os camponeses. Não podemos defender uma espécie que destrói as nossas vidas, o cerrado... ás águas principalmente. As chapadas mudaram sua forma natural mas ainda sonhamos com um mundo possível  com alternativíssimo e solidariedade para todos e todas. Viva o MEIO AMBIENTE!!

José Antonio Basto
Militante dos Direitos Humanos
bastosandero65@gmail.com

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

AS CONTRADIÇÕES DO EUCALIPTO EM URBANO SANTOS


      Tendo em vista grandes problemas ambientais causados pelo plantio de eucalipto em Urbano Santos - infelizmente ainda há quem diga que essa espécie “também tem tudo a ver com sustentabilidade ambiental e econômica para as comunidades”, não passa de uma mentira. Um discurso vulgar que não conquista os agentes dos movimentos sociais pelos direitos humanos que pregam um mundo diferente com solidariedade para todos, longe do agrotóxico... da destruição da biodiversidade, das chapadas. Pois acreditamos na permanência de produção agroecológica e técnicas tradicionais das comunidades rurais de nosso município num convício de bem com a natureza.

      Quando as primeiras experiências de eucaliptos foram implantadas em Urbano Santos, a empresa Florestal LTDA avaliava as condições do plantio e já imaginava o impacto social e ecológico no futuro. Na Comunidade Santo Amaro onde essas primeiras mudas foram postas como experiências ao lado do rio Mocambo –, estratégia essa pela fartura de água do rio na década de 80, naquele tempo os representantes da Florestal LTDA diziam aos militantes em defesa do meio ambiente e pela Reforma Agrária que as plantações dos monocultivos não prejudicariam; que elas seriam implantadas apenas em áreas não propicias para a agricultura familiar, solos esses de baixa fertilidade e que o eucalipto geraria frutos positivos para as comunidades e sociedade em geral. O que na verdade aconteceu totalmente ao contrario, as experimentações foram alargadas além de muitas fronteiras adentrando as chapadas e carrascos, transformando o modo de vida das populações tradicionais nos povoados que vivem do extrativismo e da agricultura. Os problemas fundiários cresceram porque muitas associações pretendendo que o ITERMA regularizasse a terra para fins de Reforma Agrária, estas foram impedidas da realização de seus direitos mais fundamentais. A Florestal LTDA se transformou na Suzano Papel e Celulose; em Urbano Santos ela montou seu escritório, atualmente a empresa domina 174 mil hectares de eucaliptos em nosso município. O agronegócio avança além de suas fronteiras -, as comunidades mais afetadas em Urbano Santos como Ingá, Santana, Baixa do Cocal II, Juçaral e tantas outras... não se ver nada de apoio desta empresa no que se diz respeito ao um amparo social como hospital, biblioteca ou investimentos na educação local e alimentação dos moradores; uma vez que a terra geram tantas riquezas má distribuídas, dinheiro ganho para o bem próprio, usando o que é do povo “AS CHAPADAS”, por excelência. É comum quando se viaja por essas comunidades, onde se olha crianças desnutridas, alto índice de analfabetismo, problemas de saúde causados pela água infectada de produtos químicos entre outros fatores. Muitos rios já secaram vítima do impacto, diversas áreas de chapadas também sumiram do mapa como é o caso da “chapada do meio” próximo à sede da cidade ao lado do Bairro São José, grandes devastações também são detectadas atualmente nos bacurizais dos povoados Jacú e Araras, além de muitas outras comunidades que antes se via fartura desses frutos.

      Pensar que o eucalipto gera riqueza pode-se afirmar que sim, mas somente para a Suzano porque para os camponeses o que fica é um outro legado muito diferente do progresso. As comunidades tradicionais protegem a natureza, pois é dela que eles tiram parte do sustento de suas famílias, seja através da agricultura e/ou da pesca e coletas de frutos naturais e até mesmo em algumas circunstancias da caça não predatória. O capitalismo sustentado pela expropriação e usurpação de terras rurais no Baixo Parnaíba é o maior problema da falta de terra para produzir e a escassez de água para viver. Há algum tempo atrás as pessoas e entidades eram mais envolvidas nas articulações de combate ao agronegócio, na atualidade se percebe uma fraqueza e muitas dificuldades de se organizar um movimento forte e combativo de defesa dos direitos humanos e da vida. As questões fundiárias por mais que tenham sido debatidas, elas apresentam no cenário regional, estadual e nacional uma página ainda atrasada, muito longe de ser concretizada como rege as campanhas no LIVRO DAS REFORMAS. As alterações ambientais tem trazido várias consequências danosas não apenas para quem se preocupa em fazer alguma coisa como militar, escrever e denunciar, mas diretamente atinge todo mundo com a falta de água, de ar, de alimentos saudáveis, queimadas e geração de doenças crônicas. Sonhemos então em mudar essa história, com solidariedade e respeito. Abaixo o eucalipto em Urbano Santos! Viva o meio ambiente! Um outro mundo é possível! Por água, por terra... por vida!

José Antonio Basto
Militante em Defesa dos Direitos Humanos e da Vida
e-mail: bastosandero65@gmail.com
(98) 98607-6807
Urbano Santos, 19 de outubro de 2015

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Chapadas e cabeceiras de rios: o que há de incomum?


        Sai convicto de que aquela palestra para professores, alunos e membros da Comunidade Mangabeirinha seria interessante em passar meu conhecimento e ao mesmo tempo aprender com os mais jovens e também com os mais velhos a respeito de um tema que já venho militando há algum tempo. Em nome do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Urbano Santos aceitei o modesto desafio da professora Lisa quando me convidava para falar de meio ambiente em nosso município. Então pensei que não tinha como explanar essas questões ambientais nesta região sem tocar no grande e maior problema que é a do eucalipto - principalmente quando se tratava daqueles polos comunitários: Mangabeirinha, Lagoa dos Costa e Bom Fim, povoados esses que são atingidos diretamente pelo impacto ecológico da monocultura.

        O Projeto Pedagógico “Água é vida” coordenado pelos professores, alunos e alguns membros da comunidade, tende trabalhar na íntegra a preservação e o salvamento do Riacho Mangabeirinha que infelizmente já está quase no fim de sua vida. Mas para isso precisavam de uma noção básica geral sobre a escassez da água em nossa região, o porquê do desaparecimento desse recurso precioso. Foi daí então que lancei as perguntas iniciais relacionadas à preservação das chapadas, sendo as chapadas mães da cabeceiras dos rios, riachos e lagoas na Região do Baixo Parnaíba. O que chapadas e cabeceiras têm incomum? Explicava-se que todas as nascentes dos rios do Baixo Parnaíba estão localizadas nas chapadas onde parte dessas chapadas foram invadidas pelo eucalipto da Empresa Suzano Papel e Celulose, nesse sentido exemplificava-se portanto o caso do próprio Rio Mangabeirinha - onde nas palavras do Zé Crispinho – aquele militante do movimento social dizia que sua nascente está dilacerada, além do sugamento de água pelos eucaliptos, houve uma época em que os caminhões-pipa do agronegócio extraiam ilegalmente suas águas da cabeceira localizada numa região de buritizais ente o brejal e a chapada. A prática da extração ilegal de água é comum em muitas comunidades como também a extração de areia e piçarras. O Raimundo Preto, também liderança da luta pela terra que ainda se encontra em questão, acentuava que no tempo de seus pais ouvia historias da presença de muitos animais que moravam e reproduziam nas chapadas como ema, anta, seriema e nambu fi-fiu... espécies raras ameaçadas de extinção. Interviam com clareza e responsabilidade de falar que alcançaram esses rios todos cheios no período do inverno... com muita fartura de peixe e buriti pra colher no tempo da safra. Hoje o que restou disso tudo? O legado da destruição ecológica desenfreada e sem controle do grande capital que nada fazem para o meio ambiente, pensando sempre em mais lucros e lucros. Aproveitando as imagens do slide comparando o agronegócio versus PADRSS, observava-se a enorme diferença entre uma cultura e outra: os danos do agronegócio e o bem da biodiversidade com produção agroecológica de forma equilibrada. Dona Luzia colhedora de bacuri nas chapadas da Mangabeirinha desabafava dizendo que um dos graves problemas de quem sabe um possível desaparecimento dos bacurizais é os eucaliptos e a soja, mas que muitas pessoas não têm consciência dos fatos e acabam cometendo infração como é o caso da derrubada do fruto verde. Os olhares atentos dos alunos nas imagens do slide que mostravam a devastação das chapadas e a importância dos recursos hídricos no município de Urbano Santos, me deixaram a falar a vontade e sobretudo desabafar a respeito dos desacatos e violações de direitos humanos. Comparações entre os campos de eucalipto com a produção de farinha no Povoado Baixa Grade; tratares com seus correntões e uma lavadeira de roupa da comunidade Santa Maria... cerrado e agronegócio -, diferença entre o programa capitalista dos monocultivos e o PADRSS... foram assuntos, provocações e desafios para os ouvintes que talvez viram esse debate local pela primeira vez.

         Os trabalhos foram encerrados com os depoimentos de D. Maria -, uma antiga moradora, frisava que na época em que era criança a região da Mangabeirinha era tudo diferente, tinha muita água, terra, bacuris, chapadas, caça, peixe e o respeito uns com os outros imperava entre as pessoas. O eucalipto veio para acabar com as matas, as água, as cabeceiras e a vida; disse ela. Percebi que a palestra teve proveito e que todos saíram com uma consciência formada a partir daquela atividade.

José Antonio Basto
Militante dos Direitos Humanos
email: bastosandero65@gmail.com
(98) 98607-6807

 

 

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Os desacatos em Santa Rosa / Bacabal e a vitória da Associação dos Pequenos Agricultores


A história fundiária da comunidade (Santa Rosa / Bacabal), município de Urbano Santos, Baixo Parnaíba Maranhense tem suas entrelinhas nos pormenores que esclarece as diversas lutas pela posse da terra desde quando a peleja começava em 2012, envolvendo as famílias camponesas da localidade. O Leonilson, vice-presidente da Associação dos Pequenos Agricultores do Povoado Santa Rosa / Bacabal apareceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais para anunciar a boa noticia de que a entidade ganhara mais uma batalha na justiça, desta vez no Tribunal de Justiça em São Luís. A questão se deu quando o latifundiário na época ameaçou alguns trabalhadores rurais, conta-se que ele estava por traz do mandato das queimas de casas de alguns camponeses, ameaças e recados... além de outras violações de direitos praticadas contra as famílias. A associação convicta da futura vitória, sabendo dos seus direitos sociais, entrou com um pedido de desapropriação de 2.500 hectares de terras para fins de Reforma Agrária, aguardando as determinadas decisões do INCRA. Um outro caso que surgiu com base no conflito foi que pegaram duas pessoas de uma comunidade vizinha que detinham dinamites e bombas caseiras e que estavam rondando as casas das lideranças, os dois jovens foram denunciados e presos na Delegacia de Polícia Civil de Urbano Santos -, acredita-se que os meliantes cumpriam ordens de alguém ligado ao latifúndio relacionado a questão da terra. Os trabalhadores rurais protocolaram um processo e registraram boletins de ocorrência a respeito do caso. A Secretária Agrária da FETAEMA - Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Maranhão viajou várias vezes para orientar os trabalhadores: como deveriam se comportar diante da questão. O advogado da causa entrou com o processo no Tribunal de Justiça contra os desmandos e ameaças para com os camponeses; portanto o resultado saiu essa semana, segundo o Leonilson, favorecendo a associação de moradores. O INCRA já fez a pré-qualificação da área – mas as famílias que moram lá esperam a vistoria para o titulo final e construção das habitações e demarcação das reservas legais de proteção ambiental. São mais de 30 famílias que vivem e trabalham de roça para as suas subsistências, plantam várias culturas variando de arroz, feijão, milho, mas a maior produção socioeconômica é a fabricação de farinha de puba, o povoado fica bem próximo do Rio Preto, onde facilita a pesca artesanal que ajuda na alimentação da população. Uma região de chapadas repletas de bacuris, que já estão visadas pelo agronegócio que vivem nas redondezas como é o caso da comunidade vizinha, Calabar. Durante a realização do III Seminário Agrário que aconteceu este mês no STTR nós debatíamos os conflitos das áreas; a participação da Santa Rosa / Bacabal foi muito especial, os moradores trouxeram arroz e farinha para ajudar nas despesas de alimentação dos outros companheiros de outras comunidades, deram seus depoimentos, mostrando com clareza seus otimismos com relação a situação fundiária. Todo mundo é sabedor que o INCRA e o ITERMA são lentos de mais, talvez pela grande demanda que o Maranhão apresenta, apesar de muitas gente não concordar com isso. Pois as coisas só funcionam na pressão, muitos processos que estão engavetados e caducos precisam da cobrança das associações, como é o caso do São Raimundo da Francisca, também município de Urbano Santos, São Raimundo espera pela titulação há muito tempo, além do enfrentamento direto com o latifúndio local a comunidade guerreia contra o agronegócio que destrói as chapadas. O STTR ajudou no pedido de desapropriação fundiária por intermédio de declarações emitidas pelo cartório municipal -, o Izaias – Secretário Agrário da casa, preparou o documento juntamente com o Zequinha – atual Presidente da associação, requerendo junto ao INCRA a área das mais de 2.500 hectares, além da parte das terras devolutas do estado, estas que o proprietário já estava vendendo para o seu beneficio próprio. Se os camponeses trabalham e vivem desde tempos remotos lá, é mais do que justo eles terem o direito de posse. Muitos são os desacatos em nossa Região do Baixo Parnaíba, problemas que se perpetuam desde muitas décadas atrás. Santa Rosa / Bacabal é apenas um caso de tantos outros envolvendo famílias de lavradores que aguardam por justiça e paz. Façamos de nossas ideias as revoluções e com elas o grito que segue nas palavras de ordem pela promoção e valorização das práticas tradicionais, produção agroecológica, preservação ambiental, mais créditos para a agricultura familiar! Abaixo as desordens, pistolagem e ameaças! E que sobretudo faça valer a REFORMA AGRÁRIA DE VERDADE. Política essa que vem sendo feita rudimentarmente, mas não a desejada como deveria ser. Avante Comunidade Santa Rosa / Bacabal pela conquista da terra!

 A luta pela Reforma Agrária é uma luta por vida”.
(Leonardo Boff)

José Antonio Basto
Urbano Santos-MA - 2015
Militante pela Reforma Agrária
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