Cena história da índia Tuíra - 1989 |
Os problemas de impactos ambientais puxado principalmente pelo capitalismo
de ponta atingindo povos e comunidades tradicionais no Brasil, sobretudo na
Amazônia e no cerrado são questões preocupantes deste tempos bem remotos. Os
investimentos do grande capital no campo só visa o lucro particular das grandes
empresas e latifundiários, nem que pra isso tenham que passar por cima dos direitos
dos verdadeiros donos dos terriorios, as comunidades tradicionais: índigenas,
ribeirinhos, posseiros, camponeses assentados e outros grupos. Um caso a parte
foi à construção da Belo Monte que já vinha sido visada pelos grandes
empreendimentos desde a década de 70, quando naquela época já vinha sendo feito
estudos na Bacia do Rio Xingu.
“1989 Durante o 1º Encontro dos Povos Indígenas do
Xingu, realizado em fevereiro em Altamira (PA), a índia
Tuíra, em sinal de protesto, levanta-se da plateia e encosta a lâmina de seu
facão no rosto do presidente da Eletronorte, José
Antônio Muniz, que fala sobre a construção da usina Kararaô
(atual Belo Monte). A cena é reproduzida em jornais e torna-se histórica. O
encontro teve a presença do cantor Sting. O nome Kararaô
foi alterado para Belo Monte em sinal de respeito aos índios.”
A Usina Hidreletrica de Belo Monte
foi construída na bacia do Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no sudoeste do estado Pará. O lago da usina terá uma área de 516 km (1/10 000 da área da Amazônia Legal), ou seja 0,115 km por MW efetivo. Seu custo foi estimado pela
concessionária em R$ 26 bilhões de reais ou seja R$ 5,7 milhões por MW efetivo.
O leilão para construção e operação da usina foi realizado em abril de 2010 e
vencido pelo Consórcio
Norte Energia com lance de R$ 77,00 milhões por MWh.
Em maio de 2010, foi lançado, em Paris, o livro “Memórias de Um Chefe
Indígena”, de autoria do cacique Raoni – lidernça exemplrar de
defesa da Terra Indígena, com prefácio de Jacques Chirac. Na ocasião, o cacique
Raoni foi recebido pelo presidente Nicolas Sarkozy e em entrevista à RFI, ameaçou “matar todos os brancos que construíssem as barragens”. A ocasião
também mostrou como autoridades francesas são contrárias à construção da
barragem.
Desde o início, o projeto de Belo Monte encontrou forte oposição de ambientalistas brasileiros e internacionais, de comunidades indígenas locais e de membros da Igreja Católica. Com a construção da hidrelétrica
muitas áreas indigenas foram inundadas, expulsado os nativos de seus
territorios para outras regiões distantes. Os movimentos sociais em defesa da
floresta e dos direitos humanos como o Greenpeace protestam para que o Governo
Federal repense o caso da Belo Monte.
José Antonio Basto
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