segunda-feira, 5 de junho de 2017

AS CONTRADIÇÕES DA BELO MONTE: PROBLEMAS E IMPACTOS SOCIO-AMBIENTAIS NO DIA-A-DIA DOS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

Cena história da índia Tuíra - 1989
Os problemas de impactos ambientais puxado principalmente pelo capitalismo de ponta atingindo povos e comunidades tradicionais no Brasil, sobretudo na Amazônia e no cerrado são questões preocupantes deste tempos bem remotos. Os investimentos do grande capital no campo só visa o lucro particular das grandes empresas e latifundiários, nem que pra isso tenham que passar por cima dos direitos dos verdadeiros donos dos terriorios, as comunidades tradicionais: índigenas, ribeirinhos, posseiros, camponeses assentados e outros grupos. Um caso a parte foi à construção da Belo Monte que já vinha sido visada pelos grandes empreendimentos desde a década de 70, quando naquela época já vinha sendo feito estudos na Bacia do Rio Xingu.

“1989 Durante o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, realizado em fevereiro em Altamira (PA), a índia Tuíra, em sinal de protesto, levanta-se da plateia e encosta a lâmina de seu facão no rosto do presidente da Eletronorte, José Antônio Muniz, que fala sobre a construção da usina Kararaô (atual Belo Monte). A cena é reproduzida em jornais e torna-se histórica. O encontro teve a presença do cantor Sting. O nome Kararaô foi alterado para Belo Monte em sinal de respeito aos índios.”

A Usina Hidreletrica de Belo Monte foi construída na bacia do Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no sudoeste do estado Pará. O lago da usina terá uma área de 516 km (1/10 000 da área da Amazônia Legal), ou seja 0,115 km por MW efetivo. Seu custo foi estimado pela concessionária em R$ 26 bilhões de reais ou seja R$ 5,7 milhões por MW efetivo. O leilão para construção e operação da usina foi realizado em abril de 2010 e vencido pelo Consórcio Norte Energia com lance de R$ 77,00 milhões por MWh.

“Cacique Raoni chora ao saber que o Governo Federal liberou o inicio das construções de Belo Monte. Belo Monte seria maior que o Canal do Panamá, inundando pelo menos 400.000 hectares de floresta, expulsando 40.000 indígenas e populações locais e destruindo o habitat precioso de inúmeras espécies”.

Em maio de 2010, foi lançado, em Paris, o livro “Memórias de Um Chefe Indígena, de autoria do cacique Raoni – lidernça exemplrar de defesa da Terra Indígena, com prefácio de Jacques Chirac. Na ocasião, o cacique Raoni foi recebido pelo presidente Nicolas Sarkozy e em entrevista à RFI, ameaçou “matar todos os brancos que construíssem as barragens”. A ocasião também mostrou como autoridades francesas são contrárias à construção da barragem.

Desde o início, o projeto de Belo Monte encontrou forte oposição de ambientalistas brasileiros e internacionais, de comunidades indígenas locais e de membros da Igreja Católica. Com a construção da hidrelétrica muitas áreas indigenas foram inundadas, expulsado os nativos de seus territorios para outras regiões distantes. Os movimentos sociais em defesa da floresta e dos direitos humanos como o Greenpeace protestam para que o Governo Federal repense o caso da Belo Monte.


José Antonio Basto

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