Chapada da Comunidade São Raimundo, Baixo Parnaíba-MA |
I
Correndo pelo
cerrado
Nas veredas do
sertão,
Ouvindo o canto dos
pássaros
Nas brumas do
coração
Nas águas da
mocidade
Compondo esta
canção.
II
É um pomar de
encantos
No meio da natureza
Nasceu através dos
séculos
Com sua própria beleza
Frutificando a vida
Distribuindo riquezas.
III
Lá tem pequi e
mangaba
Tem bacuri e puçá,
Tem também a
caiçara
Jataí e jatobá,
Lá tem pirunga e pitomba
Tem buriti e cajá.
IV
E os animais da
floresta
Na casa mais
consagrada
Vivendo alegres no
campo
Nas grutas arborizadas
Fazendo daquela
espaço
A mais feliz das
moradas
V
Lá tem cotia e preá,
Tem onça, anta e
tatú
Tem peba e gato do
mato
Tem guaxinim e
quandú,
E quando chega a
noitinha
Ouve-se o som do
cururú.
VI
Dos pássaros tem a
galega
O juriti e o jacú,
Arancoã e arara,
Tem bem-ti-vi e
turú
Tem sabiá do
carrasco
Tem gavião e nambú.
VII
Tem muitos rios e
riachos
Com água limpa e
bonita
Tem terra pra se
plantar
Tem mungunzá e canjica
Tem toda
biodiversidade
Aqui portanto
descrita.
VIII
Tem defesa e
resistência
Tem povo
trabalhador
Tem embates e
vitórias
Tem canto de
agricultor
Tem muitas coisas
aqui
Pra quem quer ser
sonhador.
IX
Guardai este poema
Sobre uma caixa
sagrada
Na profecia da vida
Nessas estrofes
rimadas
Sobre a arca do
tempo
De nossas belas
chapadas.
José Antonio Basto
Maio de 2017
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