Boa noite, ó senhora!
O meu
peito clama por ti
E pede
para insistir
Uma chama
que me apavora
Soluços da
solidão
Apertou
meu coração
Boa noite,
ó senhora.
II
Lembras do
nosso amor?
O que
resta agora é dor!
Porque não
te tenho mais,
Minha
sorte é o futuro
Te amando
atravessei muros
Fui
desgraçado voraz.
III
Receba meu
boa noite
Coberto de
sangue e açoite
De
recordação o estandarte,
Foste a
única dos meus sonhos
Em
sentimentos medonhos
A musa de
minha arte.
IV
Viajei no
firmamento
Em
pântanos de sofrimentos
Das
lágrimas que derramei
Por ti é
que venho sofrendo
E ninguém
me entendendo
Os dias
que eu chorei.
V
Não quero
dinheiro nem ouro
Do mundo
nenhum tesouro,
Nem o céu,
a terra... o mar
Amar-te
apenas eu quero
Somente a
ti fui sincero...
Mas pode
me deixar!
VI
Meu grito
ecoa no infinito
Da prata
ao cobre... o granito,
As forças
do coração –
- Canto
pra ti minha amada,
Sombra da
luz consagrada
Louco fui
-, peço perdão!
VII
Perdoa por
não ter lutado
Num duelo
de reinado
Minha espada
embainhada!
O mundo
pode girar,
E tudo
enquanto mudar
E o que
valeu não valer nada.
VIII
Fique com
esta minha lira
Um poema
me inspira
Já vou!
Retine a espora...
Disparo
como um trovão,
Nas rédeas
do coração
Boa noite,
ó senhora.
José Antonio Basto
04/01/2014
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