Imagem J. A. Basto: (Cabeceira do Rio Preguiças) - B. Parnaíba |
A vida é o
bem maior de todos os seres, de todos que compõe uma biodiversidade. Todos
necessitam desse bem comum. A natureza se reforma a cada dia, a cada situação
em que os homens lhe agridem. Ela não fala nada, nem tudo. A terra é a própria
sobrevivência é o canto dos pássaros, sãos migrações... São ninhos. Os rios
correm sobre a terra, os mares se estreitam e se alargam, algo em comum! O
camponês precisa da terra para plantar e dela sobreviver e as populações
urbanas, só que de forma diferente. Um território só pode ser constituído com o
devido respeito. Os frutos da terra que nos alimentam são formados do poder
divino de transformação. A fé, a esperança de novos tempos enchem nossos sonhos
de agonia para chegar logo essa nova era. Ainda há muitos entraves, o
desrespeito dos mais fortes com os mais fracos. Os menores podem unir-se e
formar um grande exército de combate, porque o sentimento de coletividade é o
sentimento de união. Alguém certa vez
disse que as únicas desgraças cometidas sobre a “terra” são as mesmas desgraças
com as quais nada aprendemos. Devemos ser humildes e não se aproximar da
intolerância – julgando “ser” superior aqueles que nunca tiveram chances na
vida, porque eles também são nossos professores assim como o tempo. Com isso um
mestre dizia: “Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro
do tempo”. Aquilo que colocarmos nela corre por nossa conta. Pois devemos viver
em teoria, mas não esquecer que ela sempre acaba mais tarde assassinada pela
experiência. As marchas geram frutos e os frutos são colhidos pelos que marcham
e também pelos que não marcham. A sabedoria de Deus é superior a tudo; com seu
grau de humildades faz chover nas roças dos bons e dos maus, porque ele não faz
distinção de pessoas, cada um carrega sua cruz. No mundo espiritual cada um é o
verdadeiro responsável por sua salvação. Um jovem poeta escreveu: “A razão de
ser da vida é sua própria felicidade”. Precisamos navegar a cada momento, a
cada mar, rios diferentes. Não podemos esquecer que, embora a alegria do
presente exista, o futuro reserva outras a mais. Se antes a força do conjunto
amparava as quedas, hoje estão preparados para aguentar as tramas da vida nem
que tivemos que seguir sozinhos pulando as avalanches. Deixar para trás
momentos plenos de união e companheirismo é doloroso, sabemos que é. Mas não
podemos nos estagnar no tempo. É necessário seguir em frente, buscar nossos
objetivos com muito esmero e dedicação, para encontrar o novo. Precisamos lutar
lado a lado pelo bem maior de nossas vidas. A água. Sem água não há vida,
então, certamente não conseguiremos sobreviver, a não ser que seja de forma
desumana. Mas, não é uma incoerência tanta água na terra e muitas comunidades
sem ela? Alguns podem se apressar em responder, não. Afinal, de toda água
disponível no planeta, apenas algo em torno de 2,5% seria doce, ou seja, própria
ao consumo humano. Pior ainda, desses 2,5% temos grande parte congeladas em
geleiras, outra parte são águas subterrâneas, sobrando menos de 1% de água doce
disponível em rios e lagos. A terra é nosso chão de batalhas. A vida está
fincada na terra e a terra sob a existência dos tempos.
José Antonio Basto
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