"Ponte antiga sobre o Rio Mocambo" - (fonte: IBGE) |
“Balaios de ontem e de agora” – “Rio Mocambo de
lutas gloriosas.... Com suas águas negras cheias de encantos / Guerra dos
Balaios que deu origem a Urbano Santos”... [...]. Nessa próxima (segunda-feira),
10 de junho de 2019, nossa querida e amada cidade - Urbano Santos estará
completando “90 anos de Emancipação Política”, (são nove décadas de história).
A Balaiada, uma das mais importantes revoltas populares - (insurreição) do Brasil
Regencial marcara sua trilha e seu espaço geográfico no nordeste maranhense.
Eles se amocambaram, montaram suas trincheiras nas margens do Mocambo, atacavam
os legalistas e se escondiam ao mesmo tempo... Escutavam (no Escuta) o tropel
(barulho) dos cavalos e som de barcos das tropas do Exercito Provincial.
Aportavam em (Porto Velho I) para o desembarque de suprimentos e armas...
Andavam pelo Sertão desafiando o sistema, contra a Lei de Recrutamentos, contra
a tirania dos latifundiários em busca de liberdade. A Balaiada tem
mais e mais
páginas nos encontros e desencontros da memória oral, na verdade existira
várias Balaiadas. Daí com o fim da guerra em 1841, no ano seguinte começa a
surgir o Vilarejo de Mocambinho com pessoas que procuravam refúgio seguro nas
beiras do rio, mais adiante Mocambo, depois Vila de Ponte Nova estabelecida
pela Lei Provincial nº 1.235, subordinada ao Município de Brejo dos Anapurus,
mais tarde em 10 de Junho de 1929 se chamaria definitivamente “Urbano Santos”,
em homenagem ao cidadão Urbano Santos da Costa Araújo, este, filho da cidade de
Guimarães, em sua carreira foi deputado federal de 1897
a 1905, governador em 1913, senador entre 1906 e 1914 e vice-presidente do Brasil entre
1914 e 1918, durante a
presidência de Wenceslau Brás. Assumiu interinamente a presidência do Brasil em 1917.
Reeleito para a
vice-presidência na chapa de Artur Bernardes em 1922,
morreu antes de ser empossado. Nossa cidade teve como primeiro prefeito o Dr.
Francisco das Chagas Araújo -, filho do influente Coronel de patente José
Antonio Araújo. Com o passar do tempo ganhamos uma bandeira e um hino que foi
escrito pelo Padre José Antonio de Magalhões Monteiro. Parabéns aos filhos
ilustres e a toda sociedade urbano-santense pelos “90 ANOS” e sobretudo pelo
rico capítulo escrito no PANTEON DA HISTÓRIA.
"Avenida Manoel Inácio" - (fonte: IBGE) |
"Chagas Araújo" - (Primeiro prefeito da cidade). |
"Visão panorâmica da cidade" - (Imagem da web). |
Fragmentos: Décimas a Urbano Santos”
“Raios do poente brilham no horizonte
Refletindo a imagem das casas antigas
Folclore e lendas misturam cantigas
Cultura dos povos... letras consoantes
Mergulho nas praças seguindo avante!
Compondo o poema pra esse torrão
Nos versos da vida canto com emoção
Espera-me ó fama na luz da lembrança
Eterna cidade berço da esperança
Receba essa lira com inspiração.
Refletindo a imagem das casas antigas
Folclore e lendas misturam cantigas
Cultura dos povos... letras consoantes
Mergulho nas praças seguindo avante!
Compondo o poema pra esse torrão
Nos versos da vida canto com emoção
Espera-me ó fama na luz da lembrança
Eterna cidade berço da esperança
Receba essa lira com inspiração.
No alto da torre eu ouço a canção
E olho a bandeira já bem hasteada
Crianças correndo em disparada
A juventude lendo a mais bela lição
Todos em coro com o livro nas mãos
Em marcha unida ao futuro enfrentar
Pranto dos olhos escorre ao cantar
Cabelos arrepiam ao som das vozes
Balaios de agora... Guerreiros ferozes
Soldados de hoje! As armas preparar!
E olho a bandeira já bem hasteada
Crianças correndo em disparada
A juventude lendo a mais bela lição
Todos em coro com o livro nas mãos
Em marcha unida ao futuro enfrentar
Pranto dos olhos escorre ao cantar
Cabelos arrepiam ao som das vozes
Balaios de agora... Guerreiros ferozes
Soldados de hoje! As armas preparar!
Com a túnica de um monge consagro-te na aurora
As tuas relíquias que são pesquisadas
Tesouros perdidos em matas fechadas
Repletos de brilhos que estão na história
Aguardo um retrato que não mais demora
Museu e morada da antiguidade
Os ventos do leste nos deixam saudades
Nas folhas das árvores que sempre balançam
Trabalho... Pessoas que nunca descansam
Entrego-te os versos ó minha cidade”!
As tuas relíquias que são pesquisadas
Tesouros perdidos em matas fechadas
Repletos de brilhos que estão na história
Aguardo um retrato que não mais demora
Museu e morada da antiguidade
Os ventos do leste nos deixam saudades
Nas folhas das árvores que sempre balançam
Trabalho... Pessoas que nunca descansam
Entrego-te os versos ó minha cidade”!
José Antonio Basto
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