quarta-feira, 21 de maio de 2014


Soneto da ultima saudade

Treme meu triste coração solitário
Na angústia de um tempo que não vem
Morri e ressuscitei no panteon do além
Cruzes carrego junto ao meu calvário.
 Esqueci essa data do antigo calendário
Os teus carinhos amorosos e desdém...
Um fogo em violentas chamas me convém
Rasgue os meus versos todos ao contrário!
 Cantei, sonhei... escute eco de minha triste voz
Nesta ação que machuca tão veloz,
Não sei se em minha rima ainda há fidelidade...
 Um sopro do alto guiou-me pelas campinas
Entre os braços de tua sombra mais divina
Lembrei-me de ti senhora e senti saudade!

José Antonio Basto



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