Num sonho de amor e de
ventura
Tua sombra vem me abraçar!
Meu amor, quanto tempo em
verdade
Por favor tenha piedade!
Venha logo me amar.
Imploro aqui nesta noite
Mata-me a sede... o açoite,
Com medo do destino atroz
Favores, correntes entre
as mãos...
A lança atinge o coração
- condenado fui feroz.
Venha aqui minha Julieta
Com jasmim de violeta
Aos braços do seu Romeu!
Por ti enfrento batalhas
Ao fio desta navalha
Que a alma corroeu.
Não sonho mais nesta vida
Porque tudo é só partida
Culpada és tu, ó mulher!
Minha lira feita pra ti
É pétala que vai surgir
Nos ventos que tenho fé.
Visita minha poesia
Coberta de fantasia
Guardada não sei se estás!
Se estiver diga-me agora
Porque essa tua demora?
Deixa-me ouvir teu cantar.
Tu, porém já me amou
E de já se consagrou
Nos papéis da eternidade,
Despacha essa timidez
Visita-me outra vez
E vem matar a saudade.
José Antonio Basto
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