Meu quarto solitário pensa em ti
Uma música leve ecoa
lentamente
Entre as lâminas do céu
nublado e escuro
Flor silvestre, és tu que
há séculos procuro
E nada faz por esse miserável
demente!
Louco sou eu amor... amada
minha;
Tua chama devorou o meu
semblante,
Sofro, porque espero
emocionante...
Provar desse sabor, ó
minha senhorinha!
Nada vejo além do vulto de
uma aranha morta
Como nosso amor que doente
foi assim...
Superando tudo... do fel o
gosto ruim,
Quando minha vista cansada
bateu em tua porta.
Minha querida, salve esse
condenado
Pena não tenha... tampouco
saudades,
Ó, como passou rápido
minha mocidade!
E só por ti mulher vivo envenenado.
De paixão e de tristeza é
que agora estou
Transpassado de nostalgia e
banzo nesse estado,
- Procuro teu retrato em meus cuidados -
Nada acho, pois a traça o
devorou.
Vem aquecer-me em sonhos
tão real,
Deusa e estrela que
clareia os meus sonhos,
És a moça destes versos
que proponho...
A mais bela musa de minha
lira sentimental.
José Antonio Basto
02/12/2013
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