quarta-feira, 14 de abril de 2021

Algum tempo na terra

 

Poucos sabem da terra em que moram, alguns nem pouco, nem muito, demoram para entender a ancestralidade. Pra que vender uma terra que tanto deu trabalho para consegui-la? Todos devem ou deveriam saber ao menos do seu real valor. Eles lutariam juntos, ajudava-se para orientação quando necessário e da maneira que se podia ajudar. A ganância pelo dinheiro mudara o destino do vilarejo. O capitalismo às vezes acaba mudando o pensamento e a ideia do homem. Esquecem dos dias de labutas e batalhas, o capitalismo abusa de um sistema, porque são iludidos. Pra que enriquecer? O homem simples do campo tem tudo que precisa quando tirando da terra que tudo dá... água, alimentos, frutos da mata e da lavoura. Precisam viver bem e a terra é sua grande mãe. Algum tempo passaria naquela terra e por que não passar! Se a terra donde moram há décadas, o tempo foi sempre seu espaço de luta. Ela daria muito trabalho para adquiri-la judicialmente –, então, um longo conflito fora travado contra os que diziam serem donos, a associação camponesa resistiu a ferro e fogo, com unhas e dentes e então por fim alcançaram a vitória desejada, graças a resistência e a coletividade dos trabalhadores rurais.

 

José Antonio Basto

 

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