sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014


CANTO SEM CANTO

Corre ligeiro o pensamento
Nas sujas asas dos ventos
Mundo alento de bravura,
Fogo, sol e solidão...
Mensagem do coração
Gotas de mel e ternura.


Vida, paz e harmonia,
Arrancos da poesia!
Vento, canto e tempestade...
Águas doces me abraçam!
Mandem pra longe a desgraça
E traga-me a felicidade.

Um sono de solidão
Esfriara-me as mãos,
Este gelo que corrói,
Viajo aos continentes
Sou o único sobrevivente
Nada porém me destrói.

Braços erguidos pra essa luta
Um corcel pula a gruta
O sertão morto e feroz...
Um grito de agonia!
Palavras e teorias...
Me transformaram em algoz!

O tempo está contraditório
O universo um velório!
O globo gira apressado...
Ninguém mais já se conhece
Todo individuo padece,
Do presente ao passado.

José Antonio Basto
28/02/2014



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014


                                          Soneto de saudade
 
Foram-se os meus velhos tempos de uma eterna mocidade
Onde os meus dias de criança já não voltam mais...
A humildade recheou meu pensamento tão sagaz,
Quando outrora os ventos me trouxeram humildade.

Era o meu lar, a minha sorte com sinceridade...
Escrevo com carinho estes versos de uma louca paz,
O silêncio me ampara sobre as letras de um cartaz
Explicando assim: - Ó poeta, tua lira agora é só saudade!

Rimei meu mundo que disparou em rapidez
Glórias nunca vi, cipreste, fôlego talvez...
Mas prefiro o panteon da história que me amparou

Versos foram feitos em minha adolescência,
Cresci com medo e deparei-me com tanta paciência,
Espero com firmeza um dia que não se terminou.
  
José Antonio Basto
19/02/2014




quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014


Está se indo minha mocidade
(soneto)


O espelho reflete a imagem dos meus dias
Que outrora eram tempos de ternuras
Minha face chora nos braços da agrura
Já se foram minhas doces alegrias.

As rugas do destino são os pães da fantasia
A fonte que bebi já não tem mais estrutura
Grandes sonhos passados na ventura...
Não me toques ... não me toques, ó lájea fria.

Espantei-me quando a sombra me amparou
E trouxe consigo os frutos da maldade...
Perturbado já velho como sou...

Afastei-me entre vultos de saudades
Percebendo que tudo demorou
Pois está se indo minha mocidade.

José Antonio Basto
12-02-2014

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

PEÇA DE BRONZE DO ANTIGO ALAMBIQUE DA FAZENDA BOA UNIÃO / MUNICIPIO DE URBANO SANTOS-MA.

 * Essa é uma das raras peças do antigo alambique da fazenda Boa União - município de Urbano Santos-MA. Essas peças são importantes para o nosso conhecimento, pois elas remontam como era a vida e o dia-a-dia da comunidade no que se diz respeito a produção socioeconômica de cachaça e rapadura no final do século XIX. Além desses vestígios ainda pode-se encontrar outros objetos como: dornas, engrenagens, balanças e pesos, todos dessa época. O problema é que esse conjunto de relíquias estão desamparados e sem proteção nenhuma, pois os mesmos deveriam está em um museu ou instituição de preservação do nosso patrimônio histórico. Minhas pesquisas estão se estendendo agora para outros povoados como Bom Principio, São Raimundo, Bracinho, Baixão dos Loteros e Mangueira... onde deve-se encontrar muito mais assuntos desses capítulos perdidos de nossa rica história do Município de Urbano Santos e Baixo Parnaiba Maranhense. 

                                                       (Foto e pesquisa: J.A. Basto)