sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Cerrado do Tocantins

O ônibus passava com rapidez

Da janela avistavam-se as copas

Das matas por cima dos carrascos

Sobre a luz do sol que morria

Numa ultima visão da floresta

Os campos de capim-dourado reluzentes

Eram como esteiras de ouro que clamavam

Por um espaço natural assim como antes...

Os gados pastavam nas fazendas -

Podia se avistar aldeias indígenas

Na beira da estrada...

Povos que antes tiravam do cerrado o

Necessário para suas sobrevivências

A natureza que morrera pela mão do homem

A natureza que chorou e continua chorando

Que implora por dias melhores.

Para ultima lembrança do viajante

Ficara o quadro do Rio Tocantins

Com suas águas azuis correndo rumo a Amazônia

E que também não escapara

Do impacto da barragem.

               

José Antonio Basto

Tocantins, 13 de agosto de 2015