segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Sem terra não há vida, sem vida não há terra: o tempo é o nosso maior professor!

Imagem J. A. Basto: (Cabeceira do Rio Preguiças) - B. Parnaíba
A vida é o bem maior de todos os seres, de todos que compõe uma biodiversidade. Todos necessitam desse bem comum. A natureza se reforma a cada dia, a cada situação em que os homens lhe agridem. Ela não fala nada, nem tudo. A terra é a própria sobrevivência é o canto dos pássaros, sãos migrações... São ninhos. Os rios correm sobre a terra, os mares se estreitam e se alargam, algo em comum! O camponês precisa da terra para plantar e dela sobreviver e as populações urbanas, só que de forma diferente. Um território só pode ser constituído com o devido respeito. Os frutos da terra que nos alimentam são formados do poder divino de transformação. A fé, a esperança de novos tempos enchem nossos sonhos de agonia para chegar logo essa nova era. Ainda há muitos entraves, o desrespeito dos mais fortes com os mais fracos. Os menores podem unir-se e formar um grande exército de combate, porque o sentimento de coletividade é o sentimento de união.  Alguém certa vez disse que as únicas desgraças cometidas sobre a “terra” são as mesmas desgraças com as quais nada aprendemos. Devemos ser humildes e não se aproximar da intolerância – julgando “ser” superior aqueles que nunca tiveram chances na vida, porque eles também são nossos professores assim como o tempo. Com isso um mestre dizia: “Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo”. Aquilo que colocarmos nela corre por nossa conta. Pois devemos viver em teoria, mas não esquecer que ela sempre acaba mais tarde assassinada pela experiência. As marchas geram frutos e os frutos são colhidos pelos que marcham e também pelos que não marcham. A sabedoria de Deus é superior a tudo; com seu grau de humildades faz chover nas roças dos bons e dos maus, porque ele não faz distinção de pessoas, cada um carrega sua cruz. No mundo espiritual cada um é o verdadeiro responsável por sua salvação. Um jovem poeta escreveu: “A razão de ser da vida é sua própria felicidade”. Precisamos navegar a cada momento, a cada mar, rios diferentes. Não podemos esquecer que, embora a alegria do presente exista, o futuro reserva outras a mais. Se antes a força do conjunto amparava as quedas, hoje estão preparados para aguentar as tramas da vida nem que tivemos que seguir sozinhos pulando as avalanches. Deixar para trás momentos plenos de união e companheirismo é doloroso, sabemos que é. Mas não podemos nos estagnar no tempo. É necessário seguir em frente, buscar nossos objetivos com muito esmero e dedicação, para encontrar o novo. Precisamos lutar lado a lado pelo bem maior de nossas vidas. A água. Sem água não há vida, então, certamente não conseguiremos sobreviver, a não ser que seja de forma desumana. Mas, não é uma incoerência tanta água na terra e muitas comunidades sem ela? Alguns podem se apressar em responder, não. Afinal, de toda água disponível no planeta, apenas algo em torno de 2,5% seria doce, ou seja, própria ao consumo humano. Pior ainda, desses 2,5% temos grande parte congeladas em geleiras, outra parte são águas subterrâneas, sobrando menos de 1% de água doce disponível em rios e lagos. A terra é nosso chão de batalhas. A vida está fincada na terra e a terra sob a existência dos tempos.

José Antonio Basto

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